Categoria: Bonito

Há mais de quatro anos, o Zagaia Eco Resort, em Bonito, Mato Grosso do Sul, faz conversão direta da radiação do sol em energia elétrica, através do sistema solar fotovoltaica. Isso acontece pelas chamadas células fotovoltaicas compostas por material semicondutor. No hotel, foram instaladas 2.046 placas, um total de 11 mil m² de área ocupada dividida em instalações no solo e nos telhados para melhor aproveitamento.

Esses painéis geram 123 mil kWh (quilowatt-hora) ao mês. Em um ano, a média é de 1,5 MW (megawatt) produzidos, o que equivale a uma redução de 75 toneladas de CO2 na atmosfera.

Já parou para pensar que dependemos – e muito – do meio ambiente? Cuidar deveria ser prioridade de todos. Afinal, passar as férias num lugar paradisíaco de cair o queixo também precisa da natureza. 

Poderíamos ir além, uma questão de vida. Mas a ideia aqui é refletir e também sugerir para que você tenha escolhas mais assertivas, como por exemplo, escolher uma hospedagem sustentável. O Zagaia Eco Resort vai muito além da contribuição para que a sua experiência em Bonito seja formidável, o hotel pensa e investe em ações ligadas a sustentabilidade. 

O Zagaia Eco Resort, maior empresa do ecoturismo de Bonito, em Mato Grosso do Sul, há anos busca soluções para diminuir o impacto no meio ambiente e, consequentemente, ajuda a criar um cenário melhor de conservação da natureza para as próximas décadas. Agora, o hotel faz parte do Clube da Compostagem, um projeto focado na destinação correta dos resíduos orgânicos, desenvolvido pela startup Ciclo Azul Meio Ambiente e Sustentabilidade.   

Os resíduos orgânicos produzidos no Zagaia são coletados três vezes por semana, em 15 bombonas de 40 litros cada. Todas são monitoradas por QR Code que facilita não só a rastreabilidade como também o controle do volume. Por mês um relatório é gerado sobre a pegada ecológica da empresa, informações sobre a equivalência de emissões de CO2 que deixaram de ser produzidas através da compostagem, quanto de gás de efeito estufa deixou de ser emitido. No mês de maio de 2023, o resort reduziu mais de 2 toneladas de Carbono na atmosfera. Nesse período, foram 3.030,340 kg de resíduos orgânicos para a compostagem.

Nessa primeira fase, apenas os colaboradores do setor de Alimentos e Bebidas receberam o treinamento. Em breve, todo o restante da equipe do hotel também passará por essa conscientização, educação socioambiental. A fonte, geradora de resíduos, são as pessoas. O maior objetivo é fazer com que elas saibam fazer a segregação correta dos resíduos. Por exemplo, jogar chiclete numa lixeira onde só tem papel, o ato em si está contaminando o papel o que impede dele ir para a reciclagem. Isso é lixo, material que está todo misturado e que dificilmente será reaproveitado.    

De acordo com a sócia fundadora da Ciclo Azul, doutora em Ciências Biológicas e mestre em Ecologia e Conservação, Lívia Cordeiro, atualmente, o Brasil recicla menos de 5% dos materiais gerados. “Estamos muito atrasados”, afirma. “Apenas latas são recicladas quase 100% da produção no país. A cidade de Bonito não consegue reciclar nem 15% dos resíduos produzidos”, diz.   

Lívia faz um alerta sobre a responsabilidade de cada um na preservação e conservação do meio ambiente. Resíduos sem controle nas ruas podem ser levados pelas enxurradas para os rios e cavernas. Infelizmente já existem registros de lixos no mundo subterrâneo, na região da Serra da Bodoquena, onde fica Bonito, um cenário ruim parecido com os plásticos no fundo do mar.  

A próxima etapa do Zagaia Eco Resort é o projeto Lixo Zero, procedimentos corretos quanto ao armazenamento, gestão e destinação dos resíduos sólidos. O objetivo é desviar os resíduos dos aterros e buscar maior eficiência, reaproveitar tudo o que pode ser reaproveitado, reciclar, enviar para a economia circular o que pode ser enviado, dar novos usos aos materiais sempre que possível. A meta é o hotel receber a certificação de Lixo Zero em 2024.

Para quem quer saber mais sobre os trabalhos realizados pela Ciclo Azul basta acessar o site cicloazul.com.br

Por Carlos Arakaki